Moçambique

A longa costa de Moçambique, país localizado no sudeste de África, é banhada pelo Oceano Índico e alberga praias belíssimas e lugares com uma magnífica biodiversidade que atraem muitos mergulhadores, pescadores e amantes de praia. Muitos turistas procuram as águas do Oceano Índico para mergulhar em locais como Tofo ou Ponta do Ouro. Mas não só. Ainda afastado das grandes rotas turísticas, Moçambique, além do turismo de sol e praia, oferece turismo de natureza. Os enormes parques são verdadeiros santuários da vida selvagem e albergam inúmeras espécies que poderá conhecer fazendo um safari.

A património cultural é vasto e diverso. Da época do colonialismo ainda subsistem muitos exemplares arquitetónicos que podem ser observados, por exemplo, na cosmopolita capital de Maputo. A cultura resulta de uma combinação das influências de vários povos e da tradição, música e gastronomia africana.

O Arquipélago de Bazaruto e a Ilha de Moçambique, povoadas de praias belíssimas, o Parque Nacional da Gorongosa e o Parque Nacional de Maputo, que se destacam pela diversidade da fauna, são alguns dos pontos de interesse turístico que poderá conhecer nas suas férias neste país encantador.

Além das inúmeras atrações do país, é de destacar a hospitalidade e o sorriso do povo, o que lhe valeu o apelido de “terra dos sorrisos”.

No extenso país há inúmeros pontos de interesse turístico.

No norte do país, Pemba, o centro urbano mais importante da província de Cabo Delgado, que faz fronteira com a Tanzânia, é ideal para passar um dia tranquilo à beira-mar. Pode aproveitar para visitar o Farol de Ponta de Romero, passear à beira do lago e descobrir os recifes de coral.

A norte encontra-se o Arquipélago das Quirimbas, mais um local de sonho que se distingue pelas magníficas praias e beleza natural. A Ilha de Ibo, que no passado foi um importante centro comercial, dinamizado por árabes e portugueses, é um local de sonho onde o tempo parece ter parado. Ainda existe uma bonita igreja católica, diversos edifícios comerciais e três fortificações.

Na região de Nampula é de referir a Ilha de Moçambique, onde vale a pena ver os edifícios de pedra de coral e cal, o Museu de Arte Sacra, a Capela Manuelina (única do género em Moçambique), o Palácio de São Paulo, o Templo Hindu, o Monumento Luís de Camões e a Fortaleza de São Sebastião, entre outros pontos de interesse.

A Ilha de Moçambique, declarada Património Mundial pela UNESCO, em 1991, pela riqueza da arquitetura original também merece ser visitada. Durante centenas de anos foi um importante entreposto comercial, tendo daí resultado uma mistura variada de pessoas e culturas. Foi a capital colonial portuguesa desde 1507 até 1898, data em que a capital passou a ser Lourenço Marques. Conheça os bonitos edifícios coloniais portugueses, como o Forte do século XVI e o Palácio do século XVII.

O farol da Ilha de Bazaruto, na ponta norte da ilha, conta uma histórica com mais de 100 anos e foi construído pelos portugueses para orientar a navegação marítima do Canal de Moçambique. Deslumbre-se com a surpreendente panorâmica do cimo da torre que se eleva 20 metros acima do solo!

A capital e maior cidade do país, Maputo, é normalmente o ponto de entrada no país. Conhecida antigamente como Lourenço Marques, é uma cidade dinâmica com amplas avenidas emolduradas por palmeiras, acácias e jacarandás. Vale a pena fazer um roteiro pela cidade para conhecer, entre outros, a Estação Ferroviária, a Catedral, o Mercado Central, o Museu de História Natural, a Casa de Ferro, edifício projetado por Gustavo Eiffel, as zonas nobres de Sommerchield e a Costa do Sol.

Na extensa costa moçambicana existem praias deslumbrantes e bastante diferentes. Longas praias com dunas, palmeiras e as águas azul-turquesa constituem um cenário de sonho. Nos extensos areais terá bastante espaço para estender a toalha. Aqui não terá aquela sensação de as pessoas estarem demasiado próximas. Aliás, poderá até acontecer ser o único na praia.  As maravilhosas e isoladas praias de Moçambique são o lugar perfeito para relaxar.

No norte, as praias são rochosas; no centro, junto aos rios, as praias são lodosas e limitadas por extensos mangais; no sul, as praias são arenosas, com dunas altas e revestidas de vegetação rasteira. As águas transparentes convidam à natação e ao mergulho. O litoral riquíssimo oferece lugares fantásticos para os amantes do mergulho, snorkeling e observação da vida marinha.

Entre as mais conhecidas, salientam-se as praias de Pemba, Ilha de Moçambique, Fernão Veloso, Chocas, Vilanculos, Bazaruto, Bilene, Inhaca, Ponta de Ouro e Ponta de Malongane. As Ilhas Quirimbas são mais um paraíso moçambicano. Deste arquipélago exótico, situado na província de Cabo Delgado, fazem parte 31 ilhas com praias sublimes e exóticas. Em Nampula, na proximidade da Ilha de Moçambique, as praias claras e de areias brancas são muito procuradas. Vilanculos, na província de Inhambane, com as suas areias límpidas das praias intocadas e águas cristalinas é o local ideal para relaxar. A Ilha de Bazaruto é a maior do arquipélago. É uma ilha arenosa, repleta de praias de areia branquíssima. A beleza das praias é impressionante!

Um pouco por todo o país predomina uma gastronomia que sofreu influências variadas da cozinha oriental, do norte de África e mesmo da Europa, pelo que a gastronomia do país é uma mistura de todos esses sabores. Pode contar com pratos vibrantes e saborosos fruto da influência portuguesa e malaia. Os temperos tradicionais indianos são amplamente usados e fazem as delícias da população local e dos visitantes.

Da culinária tradicional fazem parte arroz, milho, peixe, galinha, batata-doce e mandioca. O peixe e marisco fresco, sobretudo lagosta, camarão e mexilhão abundam e, como tal, são reis à mesa. Vai poder saborear todos os dias lagosta, caranguejo e camarão. Os pratos à base de caril acompanhados de arroz, massa ou batatas cozidas também são muito comuns. O caju também desempenha um papel importante na gastronomia moçambicana. Pode ser consumido à sobremesa, para além de ser usado para fazer bebidas alcoólicas.

Um prato muito famoso é o Matapa, uma combinação de folha de mandioca, coco, amendoim e marisco. O Lumino, outro prato tradicional que demora horas a preparar, é feito com uma planta designada cacana, por vezes com banana, tomate, cebolas, caril, coco e manga seca. O Nkhungo é preparado com insetos, coco, óleo e caril, podendo os insetos também ser fumados. É muito popular junto do Lago Niassa. O Tocassado é feito à base de peixe, tomate e cebola, podendo ainda acrescentar-se mangas secas ou folhas de embondeiro.

Em Nampula é possível nadar com golfinhos ou deslumbrar-se com os bonitos corais e peixes, para além de poder contemplar os navios naufragados que repousam há séculos no fundo do mar. Pode até ter a sorte de poder assistir à desova das tartarugas gigantes.

Por toda a costa irá encontrar praias idílicas que oferecem condições para a prática de diversos desportos. Na Ilha de Moçambique, o turista poderá embarcar em passeios de barco ou dedicar-se ao mergulho. Em Tofo, por exemplo, pode dedicar-se ao surf e ao kitesurf. Tofo é um excelente lugar para ver a vida marinha moçambicana. Poderá ter a oportunidade de nadar com tubarões-baleia, raias gigantes e tubarões-martelo.

Já o arquipélago de Bazaruto esconde dugongos (mamífero semelhante ao peixe-boi), inúmeras de espécies de peixes, estrelas do mar e os bonitos flamingos.

O Parque de Gongorosa, que, pela fauna abundante, foi denominado de “local onde Noé deixou a sua Arca”, é uma impressionante reserva de vida selvagem. Apesar da devastação provocada por 17 anos de guerra civil e caça extensiva, o parque possui uma biodiversidade espantosa. Ao visitar a Gongorosa poderá apreciar a beleza natural do parque e testemunhar a vida selvagem abundante. Faça um safari fotográfico e veja os animais naturalmente no seu meio ambiente no seu verdadeiro estado selvagem. Tenha à mão a máquina fotográfica ou de vídeo, pois captará cenas únicas que decerto recordará para toda a vida. A Gongorosa é um local ideal também para os amantes de observação de aves.

A Ilha de Bazaruto é um destino de rara beleza que cativa não apenas pelas águas azul-turquesa e praias edílicas, mas também pela fantástica vida marinha das suas águas, tornando-se, por isso, um destino fantástico para a pesca e mergulho. A ilha é constituída por enormes dunas de areia e bosque, pasto, vegetação e pântano. As condições para o mergulho são únicas, uma vez que as águas são limpas e aquecidas pelas correntes do canal de Moçambique. No Parque Nacional Marinho de Bazaruto abundam recifes de coral e uma vida subaquática surpreendente, onde é possível avistar tubarões bico-fino, golfinhos, raias, tartarugas que fazem a desova nas praias, baleias corcundas e tubarões baleia.

Em Vilanculos poderá dedicar-se a fazer passeios a cavalo pelos areais límpidos ou a navegar num dhow (canoa artesanal construída a partir de um tronco de madeira) nas calmas águas.

Em Inhambane, denominada de “Terra de Boa Gente”, por Vasco da Gama, após conhecer o Mercado Municipal, poderá participar em diversas atividades, nomeadamente passeios de moto 4x4, mergulho, snorkel ou pesca nos incríveis recifes ao longo da costa. A Praia do Tofo é considerada a melhor para a prática do mergulho. Imagine nadar a poucos metros de tubarões, baleias, golfinhos e mantas!

Ao longo da sua visita a Moçambique poderá testemunhar a singularidade da arte, música e cultura moçambicanas.

Na música tradicional assumem um papel principal os instrumentos artesanais: o tambor de mão, a marimba e o lupembe, instrumento de sopro fabricado a partir do chifre de animais. As mulheres envergando as suas capulanas tradicionais (panos coloridos) cantam, batem palmas e dançam ao ritmo da música. No que se refere ao canto e à dança, na Ilha de Moçambique é praticado o Tufo, dança tradicional executada pelas mulheres.

Já viu fotos de mulheres de rostos pintados de branco? Esta é uma conhecida imagem da região. Se passear pela Ilha de Moçambique poderá observá-las de perto. Essa pomada, denominada Mussiro, é uma pomada extraída de uma raiz que as mulheres aplicam na face e no corpo para tornar a pele macia e suave.

No que respeita ao artesanato, é de salientar o conhecido artesanato do povo macua, como as famosas esculturas de pau-preto (ébano), a olaria e a produção de artigos utilitários de palha, como, por exemplo, peneiras, cestos e esteiras. O mobiliário em madeira trabalhada e rendilhada recorda as influências árabes, portuguesas, hindus e chinesas.

Na arte contemporânea destacam-se dois artistas, são eles o pintor Malangatana Ngwenya o escultor Alberto Chissano, cujas obras poderá vir a conhecer numa exposição.